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O inverso do embrião: reflexões sobre a substancialidade da pessoa em bebês prematuros

A partir de uma etnografia numa UTI neonatal, articulo uma reflexão sobre a relação entre corpo, substância, subjetividade e pessoa que era ali atribuída aos bebês prematuros. A intenção é demonstrar que há um cálculo inconsciente de substancialização do bebê, ou seja, a ideia de que a partir de determinado peso há uma existência reconhecida do bebê enquanto pessoa dotada de subjetividade. Antes dessa linha demarcatória de atribuição de existência social, o prematuro é tratado como uma espécie de apêndice da mãe, sem subjetividade. Busca-se fazer uma reflexão substantiva que depende da formação do corpo para a atribuição de pessoalidade, contrastando tal "fato etnográfico" com as discussões teóricas que indicam um processo de antecipação sistemática da atribuição de pessoalidade, possibilitado pelo avanço das tecnologias reprodutivas.

Pessoa; Indivíduo; Substância; Embrião; Prematuro; UTI neonatal


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