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A ANTROPOLOGIA HISTORICIZADA OU OS ÍNDIOS DE FENIMORE COOPER: CLÁSSICOS E HISTÓRIA NO ENSINO DE ANTROPOLOGIA NO BRASIL

Resumo

Este artigo trata da relação entre o desenho das grades curriculares em programas de pós-graduação em antropologia (PPGA), a seleção de conteúdos de disciplinas obrigatórias e a compreensão que, nestes programas, professores têm sobre as obras e os autores tidos como clássicos e seu lugar no ensino. Parte da ideia de que as características das grades e certas tendências a respeito de autores, textos e temas propostos nas disciplinas obrigatórias exprimem uma hierarquização do conhecimento antropológico destinado ao ensino neste nível. Essa hierarquização remete a um cânone para a formação dos novos antropólogos no Brasil, mas também a traços idiossincráticos das relações sociais nos cursos de antropologia. Com base na análise qualitativa de grades e programas de disciplinas em seis PPGAs no Brasil e a revisão de arquivos e entrevistas com professores e coordenadores dos cursos em quatro dos seis PPGAs iniciais, temas como relações interinstitucionais e intergeracionais, divisão do trabalho e reprodução social surgem no âmago da reflexão sobre o ensino, à luz de noções como "clássicos" e "história".

Palavras-chave:
Ensino de antropologia no Brasil; História da antropologia no Brasil; Educação superior; Currículo universitário.

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