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“QUEM SE DIFERENCIA APANHA” (DERU KUI HA WATARERU): EXPERIÊNCIA ETNOGRÁFICA, AFETO E ANTROPOLOGIA NO JAPÃO

“THE NAIL THAT STANDS UP GETS HIT DOWN” (DERU KUI HA WATARERU): ETHNOGRAPHICAL EXPERIENCE, AFFECT AND ANTHROPOLOGY IN JAPAN

“QUIEN SE DIFERENCIA, SUFRE” (DERU KUI HA WATARERU): EXPERIENCIA ETNOGRÁFICA, AFECTO Y ANTROPOLOGÍA EN JAPÓN

Resumo

Com base em uma etnografia realizada no Japão por quase uma década, descrevemos neste artigo os afetos na experiência etnográfica. Nele narramos episódios em que se destacam as sensações de inadequação e incompletude, centrando a análise no corpo como algo que personifica a diferença. Posteriormente, discorreremos sobre o trabalho de campo elaborado pela primeira autora entre os brasileiros no Japão, evidenciando como estes se tornaram uma minoria marginalizada no país. Mostraremos a seguir como se deu historicamente - e como ainda se dá - a construção da alteridade na visão hegemônica do Estado e a existência de discursos e práticas que sustentam a “homogeneidade racial do povo japonês”. Assinalaremos depois os efeitos desses discursos e dessas práticas sobre os corpos de seus interlocutores e sobre seu próprio corpo. Por fim, destacaremos elementos de uma “teoria vivida”, que inclui demandas de ordem biográfica e dos afetos. Tal antropologia é também terapêutica, pois, além de estar aberta às teorias e às experiências vividas, possibilita também a inclusão dos saberes e do afeto não representado.

Palavras-chave:
Etnografia; Japão; Migrantes brasileiros; Afeto; Teoria vivida

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