Resumo
O artigo propõe uma investigação etnográfica de questões julgadas íntimas ou familiares nos movimentos migratórios de surinameses para a Holanda, intensificados pela “crise” dos últimos anos na economia surinamesa. São enfatizados os desentendimentos familiares provocados por práticas tidas como obsoletas por imigrantes já estabelecidos - sobretudo as brincadeiras infantis entendidas como violentas - e os processos de “adaptação” dos novos imigrantes ao “meio”, analisados a partir das reflexões de Gregory Bateson, sobretudo aquelas acerca do que chamou de dêutero-aprendizagem. Também são exploradas as imagens de “complexidade”, “cultura” e “autenticidade” evocadas nesse tipo de deslocamento, bem como os efeitos da inserção do etnógrafo nas escolhas e as ênfases descritivas que compõem o texto.
Palavras chave:
Caribe; Aprendizagem; Migração; Parentesco