Resumo
Introdução:
frentistas e analistas de combustíveis estão expostos a vários compostos orgânicos voláteis presentes na gasolina, incluindo benzeno, que se destaca por sua importância toxicológica.
Objetivo:
avaliar a exposição ocupacional ao benzeno na gasolina, utilizando o Teste Cometa como biomarcador de genotoxicidade em comparação ao ácido trans,trans-mucônico urinário (AttM) como biomarcador de exposição ao benzeno.
Métodos:
estudo de corte transversal com análises de biomarcadores de exposição e de genotoxicidade em grupo de expostos ocupacionalmente ao benzeno através da gasolina e grupo controle.
Resultados:
o Teste Cometa mostrou uma média (desvio padrão) de índice de dano, expresso em unidades arbitrárias, no grupo exposto de 28,4 (10,1) significativamente mais elevado do que no grupo não-exposto, 18,4 (10,1). O AttM urinário, em mg/g de creatinina, foi significativamente maior no grupo exposto, 1,13 (0,45), em relação ao grupo não exposto, 0,44 (0,33). Os dois biomarcadores apresentaram boa correlação linear (r=0,81; p<0,05), indicando uma forte associação entre o biomarcador de exposição e o biomarcador de efeito.
Conclusão:
os resultados sugerem que uma maior exposição ocupacional ao benzeno está associada a um risco aumentado de dano genotóxico entre indivíduos expostos à gasolina.
Palavras-chave:
benzeno; exposição ocupacional; Teste Cometa; ácido trans, trans-mucônico