Resumo
Objetivo:
verificar o efeito do esforço físico sobre as funções cognitivas de trabalhadores eletricistas utilizando equipamento de proteção individual (EPI).
Métodos:
participaram 28 eletricistas que trabalhavam na construção, manutenção e operação de redes de distribuição de energia. Todos do sexo masculino, sadios e aptos para a prática de exercícios físicos. As funções cognitivas foram representadas pelo teste de reação simples (TRS) e pelo nível de vigilância mental (NVM). O TRS e o NVM foram mensurados pré e pós-teste máximo progressivo, em esteira rolante, a 27 °C de temperatura seca e umidade relativa do ar de 64%. O teste consistiu em aumentos progressivos na velocidade e na inclinação da esteira até a fadiga, com utilização de EPI.
Resultados:
a média (desvio padrão) do TRS não foi significativamente diferente antes, 227,8 (35,1) ms, e após o exercício, 220,6 (24,6) ms. O NVM foi significativamente maior após o exercício em todas as situações: frequência crescente - 36,5 (5,1) Hz vs 39,5 (2,7) Hz, frequência decrescente - 36,0 (5,2) vs 39,0 (3,88) Hz, e frequência geral - 36,2 (4,9) vs 39,2 (3,1) Hz.
Conclusão:
o exercício progressivo máximo realizado com EPI não modificou o tempo de reação simples e aumentou o nível de vigilância mental de eletricistas.
Palavras-chave:
estresse térmico; exercício; tempo de reação; nível de vigilância mental; saúde do trabalhador