Várias estações foram ocupadas ao largo de Santos, durante os anos de 1960, 1961 e 1962, com a finalidade do estudo da migração vertical diária do plâncton, assim como sua relação com os parâmetros temperatura, salinidade e massas de água. Os quadros gerais do movimento vertical variaram nas diferentes datas. Demonstrou-se que a luz nem sempre pôde ser considerada como o principal fator envolvido na migração. A termoclina atuou como um fator limitando o movimento em apenas uma, das cinco estações onde esteve presente. Em estações onde ocorreram massas de água de diferentes limites de salinidade, a migração dos zooplanctontes ocorreu em geral acima ou abaixo da região de encontro dessas massas de água, independente da presença ou não de termoclina. Concluiu-se que, na região onde os estudos foram feitos, a migração diária do plâncton se apresenta bastante diversificada e não pode ser diretamente relacionada a diferentes épocas do ano ou condições oceanográficas predominantes na região. Este fato deve ser levado em conta em futuros estudos de distribuição e ecologia na região, assim como, nos resultados obtidos nos estudos de indicadores planctônicos.