Um modelo numérico tri-dimensional, linear, barotrópico e de meso-escala, é usado para a plataforma sudeste brasileira, de maneira a representar a composição das principais componentes astronômicas de maré, sobrepostas a efeitos meteorológicos extremos, para períodos específicos de interesse. No entanto, como dados meteorológicos relativos a esta área são muito escassos e esparsos, foi utilizada uma metodologia de fornecimento de condições meteorológicas para o modelo de circulação oceânica, baseada somente em cartas sinóticas de pressão atmosférica na superfície. O campo de pressão foi bem representado, mas as intensidades calculadas para os ventos foram bem maiores do que as observadas na costa. Os resultados do modelo indicam que é possível associar o centro de alta pressão do Atlântico Sul e as correspondentes elevações de superfície paralelas à linha da costa a um sistema geostrófico de circulação oceânica. Por outro lado, a passagem de frentes frias na área induz sistemas transientes que modificam o padrão geostrófico, também mudando a configuração das isolinhas de elevação de superfície.
Ressacas; Marés e correntes; Pressão e vento; Modelagem numérica hidrodinâmica; Plataforma sudeste do Brasil