OBJETIVO: Estabelecer se há correlação entre o número de pontos dolorosos e a intensidade da percepção de aspectos centrais da síndrome (dor, fadiga, ansiedade, depressão) e do seu impacto na capacidade funcional. MATERIAL E MÉTODOS: Avaliaram-se quarenta e um prontuários de pacientes que preenchem os Critérios de Classificação para Fibromialgia do Colégio Americano de Reumatologia, considerando as seguintes variáveis: percepção da intensidade de dor, fadiga, qualidade de vida global, depressão, ansiedade e contagem de pontos dolorosos. A avaliação da capacidade funcional foi realizada através do Questionário de Avaliação de Saúde simplificado (Health Assessment Questionnaire-HAQ). RESULTADOS: Observou-se correlação entre a contagem de pontos dolorosos e a intensidade da dor e a capacidade funcional. Não houve correlação com as notas atribuídas à fadiga (p = 0,358), ansiedade (p = 0,58), depressão (p = 0,50) e qualidade de vida (p = 0,538). A correlação entre o número de pontos dolorosos e a intensidade da dor foi mais forte que com o HAQ. CONCLUSÃO: Há correlação entre contagem dos pontos dolorosos e intensidade da dor e capacidade funcional. A correlação entre os pontos dolorosos e a intensidade da dor é mais importante do que com a capacidade funcional medida pelo HAQ. Não há correlação com as demais variáveis estudadas.
fibromialgia; dor; pontos dolorosos; capacidade funcional; estresse