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Perfil de autoanticorpos e correlação clínica em um grupo de pacientes com esclerose sistêmica na região sul do Brasil

OBJETIVOS: Este estudo visou à análise das manifestações da esclerose sistêmica (ES), com ênfase na pesquisa dos autoanticorpos e de suas correlações clínicas, na população de pacientes em acompanhamento no ambulatório de ES do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo transversal com 96 pacientes em acompanhamento no ambulatório de ES do hospital, entre setembro de 2007 e setembro de 2009. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era do sexo feminino, com idade entre a quarta e quinta décadas e tempo de doença com mediana de 10 anos. A forma cutânea limitada de ES foi a mais prevalente. Na análise dos autoanticorpos, o anticorpo anticentromérico (ACA) associou-se a ES forma limitada, idade mais avançada ao diagnóstico, maior tempo de doença, intervalo maior entre o surgimento do fenômeno de Raynaud (FRy) e o primeiro sintoma não FRy, maior prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e de bloqueios de condução cardíaca. O anticorpo antitopoisomerase-1 (antitopo-1, previamente denominado anti-Scl-70) foi mais comum na forma difusa da ES, na presença de doença ativa e de úlceras digitais. O anticorpo anti-RNA polimerase III (antipol III) correlacionou-se com a forma difusa de ES, presença de doença ativa e sinovite. CONCLUSÕES: Este estudo vem ressaltar e ratificar o papel relevante dos autoanticorpos na avaliação dos pacientes com ES, sendo possível correlacionar o perfil autoimune dessa população com manifestações específicas da doença

Escleroderma sistêmico; autoimunidade; autoanticorpos


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