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Antimaláricos e perfil lipídico em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico

Recentemente, vem-se atribuindo uma influência benéfica dos antimaláricos no perfil lipídico de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). Neste estudo transversal, avaliamos o efeito da cloroquina nos níveis de colesterol de uma população brasileira com LES. O estudo avaliou 60 pacientes, 95% dos quais, mulheres, sendo a idade média 48,7 anos (DP 13,3 anos). Em 27 casos (45%), sobrepeso ou obesidade estava presente. Trinta e quatro pacientes (56,6%) usavam cloroquina em uma dosagem padrão, enquanto 33 (55%) usavam corticosteroides. Hipercolesterolemia foi detectada em 26 pacientes (43,3%), e baixos níveis de colesterol HDL em 18 (30%). Colesterolemia normal foi observada igualmente em usuários e não usuários de antimaláricos (P > 0,20). Após ajuste para a ingestão de estatina e corticosteroide através de análise multivariada, os níveis de colesterol total e colesterol HDL não diferiram significativamente em usuários e não usuários de cloroquina (P > 0,05). A ingestão de cloroquina não se associou a um baixo índice de massa corporal (P = 0,314). Nossos achados sugerem que a ingestão de antimaláricos por si não distingue perfis lipídicos em pacientes com LES.

lúpus eritematoso sistêmico; antimaláricos; colesterol


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