RESUMO
Antecedentes:
Existem poucos biomarcadores disponíveis para avaliar a atividade da doença no lúpus eritematoso sistêmico (LES). O volume plaquetário médio (VPM) foi recentemente estudado como um biomarcador inflamatório. Atualmente não está claro se o VPM também pode desempenhar um papel como um biomarcador da atividade da doença em pacientes adultos com LES.
Objetivo:
Investigou-se a associação entre o VPM e a atividade da doença em pacientes adultos com LES.
Métodos:
Neste estudo retrospectivo, compararam-se dois grupos de pacientes adultos divididos de acordo com a atividade da doença (36 por grupo). Os indivíduos foram pareados por idade e gênero.
Resultados:
O VPM esteve significativamente diminuído nos pacientes com doença ativa em comparação com os níveis em pacientes com doença inativa (7,16 ± 1,39 versus 8,16 ± 1,50, p = 0,005). Em um nível de corte de 8,32 fL, o VPM tem uma sensibilidade de 86% e uma especificidade de 41% para a detecção da atividade da doença. Encontrou-se uma correlação positiva modesta entre o VPM e a albumina (r = 0,407, p = 0,001), que por sua vez está inversamente associada à atividade da doença.
Conclusões:
Em resumo, o VPM está diminuído em pacientes adultos com lúpus ativo e positivamente correlacionado com a albumina, outro biomarcador da atividade da doença. São necessários estudos prospectivos para avaliar o valor prognóstico desse biomarcador.
Palavras-chave:
Lúpus eritematoso sistêmico; Volume plaquetário médio; Atividade da doença; Inflamação; Marcadores biológicos; Albumina sérica