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Repensando algumas questões sobre o trabalho infanto-juvenil

Rethinking some questions related to child and adolescent labour

O artigo focaliza algumas questões presentes na discussão acadêmica sobre o trabalho infanto-juvenil e suas conseqüências sobre o "fracasso escolar" das crianças pobres, buscando apontar posicionamentos ideológicos, sociocentrados, e falhas metodológicas que levam à redução da complexidade do problema. Tal redução evidencia-se no estabelecimento de relações lineares que desconsideram as mediações envolvidas, bem como na homogeneização de categorias que incluem uma vasta gama de variações internas. São apresentados exemplos de pesquisas que sustentam os questionamentos feitos, apontando-se algumas conseqüências daqueles posicionamentos reducionistas sobre as práticas escolares e o desenvolvimento cognitivo e afetivo das crianças e adolescentes trabalhadores. Dentre os fatores que precisam ser considerados na discussão das relações entre trabalho precoce e trajetória escolar são destacados: as mediações representadas pelas diversas instâncias excludentes que cercam a pobreza, a heterogeneidade do trabalho infanto-juvenil e o papel atribuído às famílias pobres com relação ao "fracasso escolar" e ao trabalho precoce de seus filhos.

fracasso escolar; trabalho infanto-juvenil; relação família; representações sociais


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