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Reprovação escolar no Brasil: história da configuração de um problema político-educacional* * Este artigo é resultado do projeto interinstitucional (UFRGS, UNICAMP, USP) “A escola obrigatória e seus alunos: acesso, permanência e desempenhos (1870-1970)”, financiado pelo CNPq (processo nº 454937/2014-8). Uma versão preliminar deste trabalho foi apresentada na 37ª Reunião Nacional da Anped (Florianópolis, 2015).

STUDENT FAILURE IN BRAZIL: THE HISTORY OF THE CONFIGURATION OF A POLITICAL AND EDUCATIONAL PROBLEM

LA REPROBACIÓN ESCOLAR EN BRASIL: HISTORIA DE LA CONFIGURACIÓN DE UN PROBLEMA POLÍTICO EDUCACIONAL

RESUMO

O presente artigo busca argumentar que o movimento dos alunos pela escola obrigatória brasileira somente adquire feição de problema político educacional a partir dos anos 1930. Nesse sentido, ressalta que o sentido atual da noção de reprovação se define apenas no século XX, embora fosse possível reprovar os alunos desde antes. Pretende mostrar, ainda, que, em articulação com mudanças políticas e culturais em educação - como a afirmação da escola obrigatória, a definição do modelo escolar seriado e a primazia da homogeneidade das classes -, a existência de estatísticas sistemáticas e de melhor qualidade, após 1931, contribuiu decisivamente para a definição das condições de possibilidade da inclusão na agenda política da reprovação como problema.

PALAVRAS-CHAVE:
história da educação; estatísticas de educação; rendimento escolar; política educacional

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