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Le ceneri di Gramsci”, poema de Pier Paolo Pasolini: a crise de 1956 e a proposta da cultura extrema* * Texto apresentado no Encontro Nacional da International Gramsci Society do Brasil, em Florianópolis, em 25 de setembro de 2018. Inédito.

LE CENERI DI GRAMSCI” POEM BY PIER PAOLO PASOLINI: THE CRISIS OF 1956 AND THE PROPOSAL OF EXTREME CULTURE

LE CENERI DI GRAMSCI” POEMA DE PIER PAOLO PASOLINI: LA CRISIS DE 1956 Y LA PROPUESTA DE LA CULTURA EXTREMA

RESUMO

A crise atual da esquerda levou-me a meditar sobre a crise dos comunistas, quando, no fatídico XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), em fevereiro de 1956, Khrushchov denunciou oficialmente o estalinismo. A denúncia foi abafada pela burocracia partidária, mas Pasolini não se calou. Foi acusado de comunista herético, de extremista cultural. Hoje, quase todos reconhecem que seus versos tinham razão: “A dor / de vocês de não mais estarem na primeira frente / seria mais pura, se na hora / em que o erro, mesmo sendo puro, se paga, / tivessem a força de se confessarem culpados” (“As cinzas de Gramsci”). O poeta, diante do pobre e severo túmulo de Gramsci, não se envergonhou da acusação, mesmo discordando de certo misticismo cultural presente na fórmula da revista Ragionamenti. Cultura extrema ou máxima, para todo proletariado do campo e da cidade, é a estratégia gramsciana da hegemonia civil, integrando a luta política com a refinada cultura dos clássicos.

PALAVRAS-CHAVE:
Pasolini; Gramsci; crise política; hegemonia; cultura extrema

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