Este trabalho objetiva discutir dependência química de ansiolíticos em mulheres, tomando como eixo de análise a relação que se estabelece entre a mulher, o medicamento e o serviço de saúde. A população estudada foi composta de dezessete mulheres usuárias de ansiolíticos que utilizam o serviço público de Natal, Rio Grande do Norte. O instrumento utilizado foi a entrevista semi-estruturada, com a técnica de análise das práticas discursivas. Consideramos que o tipo de atendimento prestado à mulher, ou seja, a produção de serviços de saúde voltados para essa clientela e sua utilização, contribuem, sobremaneira, para o uso indiscriminado desses medicamentos e conseqüentemente para o fenômeno da dependência. Observamos também que a relação entre esses elementos reforça a medicalização da mulher e repercute sobre o seu processo de saúde/doença.
medicamentos ansiolíticos; mulheres; serviço público de saúde