Achados recentes das neurociências apresentam uma visão integrada do funcionamento humano que envolve a presença de relações entre os grandes sistemas orgânicos, entre estados fisiológicos e cognitivos e entre razão e emoção. Este artigo objetiva contrastar tais estudos a aspectos centrais do modelo interpretativo skinneriano, destacando o papel de relações entre processos respondentes e operantes para a compreensão da interdependência entre razão e emoção. Investiga-se a importância de respostas emocionais e do comportamento verbal para a expressão de respostas tidas como racionais e, de uma maneira geral, para a seleção do repertório comportamental, verbal e não-verbal. Ressalta-se que o atual movimento de superação de propostas dualistas de compreensão do ser humano pelas neurociências aproxima-se da perspectiva analítico-comportamental de investigação de respostas abertas e encobertas no contexto de relações indivíduo-ambiente.
razão e emoção; relações respondente-operante; análise do comportamento; neurociências