A prática em Psicologia Social Comunitária solicita a instituição de ferramentas ajustadas às condições concretas de intervenção. Neste trabalho são discutidas ações psicossociais em uma comunidade de baixa renda de São Paulo realizadas a partir de um dispositivo de atendimento em grupo. Durante os anos de 2007 e 2008 foram conduzidos Plantões Comunitários, um grupo aberto e de participação espontânea tendo como referências a prática do Plantão Psicológico e os princípios teórico-políticos da Psicologia Social Comunitária. Em uma "roda de cadeiras" montada sobre a calçada, três psicólogos mediaram encontros semanais entre moradores. O Plantão Comunitário permitiu o acolhimento e o compartilhamento de experiências, assim como promoveu horizontalidade e empoderamento entre os participantes. Os resultados indicam a importância de dispositivos simples de encontro, desafiando os limites entre o público e o privado e justifica o desenvolvimento de práticas grupais inovadoras e críticas para ações psicossociais.
psicologia social; psicologia comunitária; comunidades; vulnerabilidade; grupos