A regra pós-moderna sugere ausência de discursos e práticas normatizadores, apontando ser possível a homens e mulheres não somente reproduzir modelos sociais, mas inventar formas de parcerias amorosas, o que chamamos de customizar as relações. Consideramos a diversidade das configurações conjugais coexistentes em nossa sociedade e a família moderna que permanece como modelo ideal para a maioria. A partir destas considerações, discutimos em que medida um casal homossexual feminino e um heterossexual das camadas médias de Belo Horizonte estariam repetindo valores mais próximos do modelo conjugal moderno e do ideário romântico, e/ou reinventando formas. Concluímos que a combinação dos ideais e valores assumidos pelos casais não só reflete a ideia de customização, pois cada casal assume um modo singular de se relacionar, como diz também de uma capacidade adaptativa aos nossos tempos.
conjugalidade; ideal de amor; amor romântico; amor confluente; contemporaneidade