Resumo
Objetivou-se nesta pesquisa analisar os processos e as motivações que levaram os pais e responsáveis à percepção da depressão em suas crianças e à consequente procura de cuidado especializado, além de compreender a influência das crenças em saúde e dos hábitos culturais na procura de tratamento. Foram analisadas cinco entrevistas realizadas em um ambulatório de psiquiatria de um hospital universitário estatal. Utilizou-se metodologia qualitativa, estudo de caso, sob-referencial teórico do "Modelo de Crenças em Saúde". O estigma acerca da psiquiatria e loucura; a não aceitação da existência de depressão em crianças; o desconhecimento acerca da depressão e seus sintomas e as dificuldades diagnosticadas nesta idade são exemplos de fatores que retardam a procura ao tratamento. Em contrapartida, o conhecimento prévio acerca da doença; a ação de profissionais de saúde e educadores e a crença na efetividade do tratamento psiquiátrico possibilitam início precoce do tratamento.
Palavras-chave:
depressão na infância; pais; crenças na saúde; pesquisa qualitativa