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Morbidade tardia na função do membro superior e na qualidade de vida de mulheres pós-cirurgia do câncer de mama

CONTEXTUALIZAÇÃO:

O câncer de mama é a neoplasia maligna mais frequente na população feminina brasileira. Nos últimos anos, houve grande evolução das técnicas cirúrgicas e aumento do número de cirurgias conservadoras da mama, entretanto a morbidade imediata ou tardia após a cirurgia, sob a forma de comprometimento funcional e dor, ainda é um significativo problema clínico.

OBJETIVO:

Verificar a relação entre o comprometimento funcional tardio do membro superior e a qualidade de vida de mulheres submetidas à cirurgia do câncer de mama.

MÉTODO:

Participaram da pesquisa 81 mulheres com tempo decorrido de cirurgia variando entre um a cinco anos. Realizou-se levantamento das queixas referidas pelas pacientes em relação ao membro superior e foram aplicados os questionários Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH) e European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC QLQC-30 e BR23).

RESULTADOS:

A correlação entre o escore DASH e o tempo decorrido de cirurgia demonstrou que, quanto maior este último, maiores são as dificuldades de funcionalidade dos membros superiores das pacientes entrevistadas (r=0,459; p<0,0001). Houve correlação estatisticamente significativa entre o escore DASH e a qualidade de vida relacionada à saúde.

CONCLUSÃO:

O comprometimento funcional tardio apresentou impacto significativo na função do membro superior, na vida cotidiana e na qualidade de vida relacionada à saúde das mulheres que foram submetidas à cirurgia do câncer de mama.

neoplasia da mama; extremidade superior; qualidade de vida; reabilitação


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