OBJETIVO:
Verificar a influência de uma intervenção fisioterapêutica semanal e de curta duração sobre a musculatura do assoalho pélvico e sobre a incontinência urinária (IU) em usuárias da rede pública de saúde.
MÉTODO:
Estudo quase-experimental do tipo antes e depois. Foi realizada anamnese e avaliação da função perineal por meio da manobra bidigital e perineometria. A intervenção consistiu em eletroestimulação transvaginal e cinesioterapia pélvica. Os dados foram analisados por meio do teste t pareado ou Wilcoxon, regressão linear de Pearson ou Spearman. Um valor de P<0,05 foi considerado como significativo.
RESULTADOS:
Foram avaliadas 82 mulheres com idade de 55,1±10,9 anos. Incontinência urinária mista (IUM), incontinência urinária de esforço (IUE) e incontinência urinária de urgência (IUU) foram observadas em 52,4%, 36,6% e 11%, respectivamente. A duração da IU foi de 6,0 anos (3,0-10). Foram realizadas, em média, 13,64 sessões fisioterapêuticas. Não houve diferença, após a intervenção, nas medidas da perineometria (40,6±24,1 versus 41,7±25,4, P=0,098). Na manobra bidigital, a função muscular aumentou significativamente (P<0,01). Em 88,9% dos casos, as pacientes informaram estar continentes ou satisfeitas com o tratamento.
CONCLUSÕES:
Os resultados mostraram aumento da função muscular e obtenção da continência urinária ou satisfação com o tratamento na maioria dos casos.
fisioterapia; saúde da mulher; força muscular; terapia por estimulação elétrica; terapia por exercício