Neste trabalho, a potencialidade de processos fotoeletroquímicos frente ao tratamento de líquidos lixiviados de aterro sanitário foi avaliada. Em primeiro lugar, foi observado que a forte coloração e elevada carga orgânica apresentada pela matriz dificultam significativamente a ocorrência de processos fotoquímicos. Neste caso, a capacidade degradativa do sistema é devida fundamentalmente à componente eletroquímica, provavelmente processos indiretos viabilizados pela geração de elevadas quantidades de hipoclorito. Em geral, a aplicação de processos de precipitação preliminares permite uma redução da cor e da carga orgânica, o que viabiliza o tratamento fotoeletroquímico posterior. Quando substâncias húmicas são previamente eliminadas por precipitação em meio ácido, o tratamento fotoeletroquímico posterior permite descolorações superiores a 95% e remoções de DQO da ordem de 70%, em tempos de reação de 300 min. Trata-se de um resultado bastante promissor, levando-se em consideração a elevada resistência da matriz em questão.
Processo fotoeletroquimico; líquidos lixiviados de aterro sanitário; tratamento; resíduos sólidos