Borg (2007BORG, M.A. (2007) Clinical waste disposal: getting the facts right. Journal of Hospital Infection, v. 65, n. 2, p. 178-180.) |
Apenas resíduos de cultura de microrganismos, os perfurocortantes contaminados e aqueles contendo grandes quantidades de sangue possuem alguma evidência que associa sua exposição a riscos aumentados de transmissão de doenças. |
CDC (2003CDC - Centers for Disease Control and Prevention. (2003) Guidelines for environmental infection control in health-care facilities: recommendations of CDC and the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC). Atlanta: CDC. v. 52, n. RR-10, p. 1-48.) |
Mais de 90% dos resíduos sólidos gerados em um hospital são compostos de plásticos, papéis etc., que são similares aos resíduos sólidos domiciliares. |
Costa e Silva et al. (2011COSTA E SILVA, C.A.M.; CAMPOS, J.C.; FERREIRA, J.A.; MIGUEL, M.A.L.; QUINTAES, B.R. (2011) Caracterização microbiológica de lixiviados gerados por resíduos sólidos domiciliares e de serviços de saúde da cidade do Rio de Janeiro. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 16, n. 2, p. 127-132.) |
A caracterização microbiológica dos lixiviados recolhidos de caminhões de coleta de RSS e de coleta de resíduos sólidos domiciliares mostrou mais semelhanças do que diferenças, reforçando a recomendação de disposição conjunta desses resíduos em aterros sanitários. |
Cussiol (2005CUSSIOL, N.A.M. (2005) Disposição final de resíduos potencialmente infectantes de serviços de saúde em célula especial e por co-disposição com resíduos sólidos urbanos. Tese (Doutorado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.) |
Clostridium perfringens, enterococos, coliformes termotolerantes, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus foram detectados em resíduos domiciliares e RSS, incluindo linhagens de P. aeruginosa e S. aureus multirresistentes a antimicrobianos. Análise do chorume de 15 reatores experimentais simulando aterro sanitário acusou linhagens de P. aeruginosa, S. aureus e enterococos resistentes a antibióticos. Os resultados mostraram que não há diferença significativa estatisticamente entre os lixiviados das células somente com RSU, com RSS, e com codisposição de RSU e RSS (1%). A codisposição é uma tecnologia de tratamento aceitável para os RSS, a fim de minimizar os impactos ambientais gerados pela disposição final inadequada desses resíduos e sistemas de tratamento mal operados. |
Cussiol, Rocha e Lange (2006CUSSIOL, N.A.M.; ROCHA, G.H.T.; LANGE, L.C. (2006) Quantificação dos resíduos potencialmente infectantes presentes nos resíduos sólidos urbanos da regional sul de Belo Horizonte, MG, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 22. n. 6, p. 1183-1191.) |
Resíduos domiciliares contribuem com maior quantidade de resíduos contaminados biologicamente no aterro sanitário de Belo Horizonte (cerca de 80 t/dia) do que os RSS (total de 36 t/dia, considerando o somatório dos grupos A, B, D e E). |
Ferreira (2002FERREIRA, J.A. (2002) Resíduos domiciliares e de serviços de saúde: semelhanças e diferenças: necessidade de gestão diferenciada? In: EIGENHEER, E. Lixo hospitalar: ficção legal ou realidade sanitária? Rio de Janeiro: Secretaria do Meio Ambiente.) |
Estudo realizado em vazadouros de resíduos sólidos verificou que os resíduos sólidos domiciliares apresentaram maior quantidade de microrganismos patogênicos que os RSS. |
Keene (1991KEENE, J.H. (1991) Medical waste: a minimal hazard. Infection Control and Hospital Epidemiology, v. 12, n. 11, p. 682-685.) |
Não há evidências de risco aumentado à saúde pública associado com os métodos utilizados de disposição em aterro sanitário de resíduos médicos/infectantes. A percepção pública ainda persiste em associar perigo na disposição final desses resíduos, divergindo das evidências científicas. |
Lichtvel, Rodenbeck e Lybarger (1990LICHTVEL, D.; RODENBECK, S.G.; LYBARGER, J.A. (1990) The public health implication of medical waste: a report to Congress. Atlanta: Agency Toxic Substances and Disease Registry.) |
Estudos elaborados pela agência norte-americana Agency for Toxic Substances and Disease Registry confirmaram a hipótese de que a disposição adequada de resíduos infectantes no solo, com critérios semelhantes aos existentes nos aterros sanitários norte-americanos, não implica risco adicional de transmissão de doenças infecciosas. |
Quintaes (2013QUINTAES, B.R. (2013) Estudo bacteriológico em aterro experimental: avaliação da codisposição de resíduos sólidos domiciliares e de resíduos sólidos de serviço de saúde. Tese (Doutorado em Processos Químicos e Bioquímicos). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.) |
Análises da microbiota do lixiviado gerado em células de aterro experimental sugerem que não houve diferenças significativas no comportamento das células, dando suporte à prática da codisposição de RSS e resíduos domiciliares. |
Rutala e Mayhall (1992RUTALA, W.A. & MAYHALL, C.G. (1992) Medical waste. Infection Control of Hospital Epidemiology, v. 13, n. 1, p. 38-48.) |
Os resíduos domiciliares podem incluir fezes, sangue, secreções, absorventes higiênicos, preservativos, curativos e seringas, cada um podendo conter ou não organismos potencialmente infectantes. Não há evidência que aponte riscos adicionais para a maior parte dos RSS (aqueles similares aos comuns, incluindo o subgrupo A4). Eles não são mais perigosos que os resíduos sólidos gerados nos domicílios. |