A bioatividade de dezoito produtos químicos utilizados no controle de pragas e doenças do tomateiro, sobre duas linhagens de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (L9=Alegre, ES e L10= Venda Nova do Imigrante, ES), nas gerações F1 e F2, foi investigada em laboratório. Ovos de Anagasta kuehniella (Zeller) contendo o parasitóide em diferentes estágios de desenvolvimento (ovo-larva, pré-pupa e pupa) foram tratados por meio de imersão nas respectivas caldas químicas. Os inseticidas triflumuron, clorfluazuron, deltametrina, Bacillus thuringiensis, lambdacialotrina, teflubenzuron, acefato, pirimicarb e ciromazina, e os fungicidas benomil, iprodiona, clorotalonil e dimetomorf, independente da linhagem, não reduziram a longevidade das fêmeas de T. pretiosum da geração F1. Os inseticidas abamectin, cartap, metamidofós e lambdacialotrina afetaram a razão sexual de indivíduos da geração F1, e não reduziram a taxa de emergência de parasitóides da F2, independente do estágio de desenvolvimento e da origem da população de T. pretiosum. Parasitóides de Venda Nova do Imigrante, ES (L10) mostraram-se mais susceptíveis que os de Alegre, ES (L9) aos efeitos dos compostos avaliados. De modo geral, a fase de pupa de T. pretiosum, independente da população, apresentou maior tolerância aos produtos testados. Recomenda-se a realização de novos testes para outras populações desse parasitóide que serão utilizadas no controle de pragas, pois podem responder de forma diversa aos produtos fitossanitários avaliados.
Trichogramma; pesticidas; seletividade; tomate