A pesquisa investigou relações entre práticas sócio-educativas e desenvolvimento da autonomia, avaliando níveis de entendimento inter-pessoal segundo Selman. A coleta de dados conduzida em duas escolas, uma particular e outra pública, utilizou observação naturalística e um questionário semi-estruturado, aplicados a docentes e a alunos de ensino fundamental. Na escola particular os resultados indicam: maior homogeneidade de níveis no entendimento inter-pessoal dos alunos, relacionados a concepções e às práticas sócio-educativas dos docentes e maior equilíbrio entre as estratégias de negociação e experiências inter-pessoais compartilhadas. Na escola pública houve maior colaboração entre as crianças. Nas duas escolas, a concepção docente sobre suas práticas foi positiva com atribuição elevada ao ensino de valores morais, porém com justificativas ainda unilaterais. Níveis superiores de adoção de perspectiva social correlacionaram-se inversamente com a freqüência de pronunciamentos coercitivos e heterônomos. Os dados confirmam a importância do desenvolvimento da autonomia discente na escola condicionada a intervenções de professores.
práticas sócio-educativas; perspectiva social; autonomia