O presente trabalho objetiva mapear a implantação da mais recente unidade do Programa Saúde da Família de um bairro da periferia de Natal, aprofundando-se nos problemas e dificuldades identificados junto aos membros das quatro equipes que a conformam. Por meio da observação participante, do diálogo direto e de grupos focais com os membros das equipes, tem sido possível a criação de um espaço de construção conjunta de conhecimentos. Orientadas pela perspectiva da Psicologia Social, entendida como uma ferramenta de reflexão crítica e principalmente autocrítica sobre o universo simbólico que permeia as práticas de saúde, mostraremos e discutiremos ações e posicionamentos que são verdadeiros dilemas no dia-a-dia, tentando destacar a teia de interdependências envolvida. Esperamos contribuir para uma melhor compreensão da complexidade que envolve a atenção primária à saúde no Brasil, bem como propiciar possibilidades de formas de ação diferenciadas nesse campo.
Programa Saúde da Família; implantação; Psicologia Social e Saúde