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O ingresso da psicanálise no sistema de saúde pública na Argentina

El ingreso del psicoanálisis en el sistema de salud pública de la Argentina

The arrival of psychoanalysis in the Argentine public health system

Na Argentina, a renovação cultural ocorrida a partir de 1955 possibilitou à psicanálise deixar de ser uma prática privada reservada às elites da capital. A ampliação dessa clínica foi favorecida tanto pela abertura de novos espaços institucionais públicos como por transformações ocorridas nos já existentes, onde alguns passaram a adotar técnicas de "inspiração psicanalítica". É o caso, por exemplo, da psicoterapia de grupo. Ainda que derivada da psicanálise e exercida por médicos e psicólogos, constituiu-se como uma alternativa, ao mesmo tempo, de atendimento e formação, o que fez com que essa prática deixasse de ser patrimônio exclusivo dos membros da Associação Psicanalítica Argentina (APA). Assim, a instituição oficial perdia o monopólio do "uso legítimo" da psicanálise. Neste trabalho é analisado particularmente o caso do Serviço de Psicopatologia do Hospital Lanús, dirigido por Mauricio Goldenberg entre 1956 e 1972, já que exemplifica muito bem este fenômeno de expansão e transformação da psicanálise. Foi adotada uma metodologia clássica no campo da história, baseada na análise de textos e documentos da época.

Historia; psicanálise; saúde


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