Este artigo discute o desenho infantil como esfera sígnica visual promotora e facilitadora do processo de significação para a criança surda, principalmente com aquisição tardia de linguagem. Propõe-se destacar conceitos da Teoria Histórico-Cultural que abordam o funcionamento psíquico humano e sua constituição social, bem como o papel central da história e da cultura no desenvolvimento das funções psicológicas superiores, a partir da linguagem e da inserção da criança no circuito do simbólico. A análise de aspectos teóricos e conceituais pode fundamentar uma prática clínica e educacional comprometida com o desenvolvimento social, linguístico, cognoscitivo, interativo e simbólico necessário à constituição da criança surda, usuária da língua de sinais, como ser cujo meio de se comunicar se circunscreve a essa linguagem.
Linguagem; desenho infantil; surdez