A partir da perspectiva fenomenológica, procurou-se compreender como os pacientes ostomizados vivenciam a corporeidade. Foram entrevistados dez pacientes que realizavam tratamento em um hospital oncológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Belo Horizonte, MG. As narrativas dos sujeitos falaram do significado do câncer para eles, do sentido que atribuíam à bolsa de colostomia, das limitações advindas do processo de adoecer e do papel da religiosidade neste percurso. A vivência do cuidado foi discutida a partir da perspectiva heideggeriana, considerando-se os conceitos de corporeidade, indigência e potência. As indigências, representadas pelas limitações, e as potências, representadas pelos cuidados de si, com o outro e pelo outro apontam para a necessidade da promoção da autonomia e da qualidade de vida, através da ressignificação do processo saúde-doença.
Fenomenologia; corpo; câncer