Este artigo apresenta algumas reflexões sobre a produção de uma experiência de subjetividade constituída a partir de saberes e práticas que sustentam o enunciado da depressão. Uma vez que práticas e discursos sobre a normalidade e o desvio implicam em modos de subjetivação, analisa-se aqui, sob a perspectiva foucaultiana e a partir de fragmentos de discursos presentes em fóruns e enquetes de comunidades virtuais do Orkut, o trabalho de produção de si em referência ao diagnóstico da depressão. Diante do imperativo de o indivíduo saber sobre a verdade de sua saúde, cercado pelas exigências de ideais normativos e imbuído da crença da necessidade de se proteger dos riscos à sua vida, adotam-se diagnósticos como identidades, medidas preventivas e tratamentos medicamentosos como práticas de si.
Produção de subjetividade; práticas de si; depressão