O presente trabalho propõe, pela noção de prática social, uma alternativa de compreensão da relação entre hipnose e dor crônica. Partindo de uma crítica às pesquisas contemporâneas, são investigadas três importantes zonas de sentido dessa aplicação da hipnose: sua dimensão relacional; a fabricação do fenômeno hipnótico e o conto de histórias. Semelhantes zonas remetem à subjetividade presente em tais processos sociais, uma vez que implica a materialidade das relações, a construção de papéis, a diversidade de expressões do transe e a multiplicidade de sugestões presentes nos contos. Na conclusão, enfatiza-se a importância de que uma compreensão clínica e qualitativa das relações entre hipnose e dores crônicas subsidie as pesquisas com informações pertinentes dessa pratica social, para que os pesquisadores não descaracterizem com metodologias distanciadas de suas características.
Hipnose; dor crônica; prática social