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Uma crítica da utilização da análise de conteúdo qualitativa em psicologia

Una crítica de la utilización de la análisis de contenido cualitativo en psicología

O objetivo deste artigo é analisar os processos inferenciais que estão na base da interpretação de dados qualitativos em Análise de Conteúdo, os quais envolvem o trinômio teoria-fenômeno-dado. Na primeira seção é apresentado um breve histórico desse método e de suas principais modalidades ou técnicas, e a segunda são discutidos os procedimentos-padrão de uma Análise de Conteúdo categorial na perspectiva de Bardin. Discutem-se os processos de codificação e categorização e os respectivos mecanismos lógicos subjacentes: indução e dedução. São introduzidos alguns questionamentos e reflexões epistemológicas referentes à operacionalização desses dois mecanismos no contexto da Análise de Conteúdo, alertando para a impossibilidade de tomar essa técnica um recurso ad hoc. Nas duas seções seguintes são apresentados subsídios para servir de base a uma crítica da Análise de Conteúdo qualitativa: fenômeno, teoria e dados. Argumenta-se a favor do entendimento desse método como um recurso de análise de dados que deve visar mais à teorização do fenômeno psicológico investigado do que à descrição desses dados ou a sua organização (via categorização).

Análise de conteúdo; pesquisa qualitativa; psicologia


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