O artigo é baseado em entrevistas feitas com pessoas na sua maioria idosas em vários municípios do nordeste do Maranhão, em 1982. Documenta a memória oral da escravidão de indivíduos e comunidades afrodescendentes e mestiças. Os depoimentos fornecem informações preciosas sobre o trabalho quotidiano, a violência sofrida pelos escravizados e as várias maneiras de resistir aos senhores e feitores. São analisadas algumas categorias-chaves desta memória oral, como a dicotomia entre o "bom" senhor e o "ruim" ou "malvado". O texto destaca algumas singularidades da escravidão dos africanos e de seus descendentes no Maranhão.
escravidão; memória, identidade; narrativa; história oral; resistência