(1)
Para todos os países, exceto o México, há estabilidade do padrão de VCR, e nos anos 1990, em alguns países, há adição de novo setor (indústria 1-dígito) de VCR;
(2)
No caso dos países sul-americanos, o padrão típico é ter VCR em indústrias recurso-intensivas, e em alguns casos (Bolívia, Colômbia, Peru e Uruguai) adicionam-se às VCR as indústrias trabalho-intensivas;
(3)
Os EUA têm um padrão de VCR em indústrias com elevada participação de capital ("capital humano" indústrias 4 e 5 e "capital não-humano" indústrias 3 e 4);
(4)
O Canadá tem VCR em indústrias recurso-intensivas e intensivas em capital;
(5)
O México, a partir de um padrão de VCR tipicamente sul-americano nos anos 1980 e início dos anos 1990, modifica sua estrutura de VCR para indústrias intensivas em trabalho e intensivas em capital a partir de 1995;
(6)
Nessa classificação, o padrão de VCR dos países sul-americanos e o dos países do NAFTA é definido e radicalmente distinto um do outro. Por isso, pode-se fazer uma conjetura acerca do padrão de VCR após a constituição da ALCA. Ao que tudo indica, os países sul-americanos concentrarão suas exportações intrabloco no padrão atual, constituído de exportações (e VCR) em indústrias recurso e trabalho-intensivas, enquanto que os países do NAFTA reforçarão suas exportações intrabloco em indústrias escala-intensivas, bens diferenciados e baseadas em ciência.
(1)
Os 11 países podem ser agrupados em 3 grupos completamente distintos;
(2)
Há o grupo 1, formado pelos países do NAFTA (México, EUA e Canadá), para os quais o valor do índice de similaridade entre esses países é sempre superior a 50, ou seja, são países similares na sua pauta de exportações no subperíodo final;
(3)
Há o grupo 2, formado por alguns dos países da América do Sul aqui considerados, sendo constituído por Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai. No caso destes países, o índice de similaridade entre os mesmos é quase sempre superior a 50. Portanto, quanto à pauta de exportações esses países são similares entre si no subperíodo final. As únicas duas exceções são os índices de Argentina-Peru (valor 44) e Bolívia-Colômbia (valor 49), ou seja, mesmo nesses casos de exceção o índice é elevado e quase satisfaz o critério de similaridade;
(4)
Há o grupo 3, também formado por países da América do Sul, sendo constituído pelo Chile e Venezuela. A este grupo 3 podemos chamar de grupo de países diferenciados, isolados, ou independentes, pois o índice de similaridade entre eles e com os outros países aqui considerados é quase sempre menor do que 50, e muitas vezes de valor bastante reduzido. Ou seja, no que diz respeito à pauta de exportações esses dois países são dissimilares entre si e dissimilares com os outros países aqui considerados. A única exceção a esse padrão constitui o índice entre Chile-Peru, cujo valor 67 é elevado e satisfaz ao critério de similaridade;
(5)
O grau de similaridade da pauta de exportações entre países de grupos distintos, isto é, entre países do grupo 1 e 2, do grupo 1 e 3 e do grupo 2 e 3, sempre é menor do que 50, muitas vezes de valor bastante reduzido. Assim, quanto à pauta de exportações tem-se que países de grupos distintos são dissimilares entre si.
(1)
O aspecto mais marcante é o de que o coeficiente de correlação entre os Estados Unidos e os países latino-americanos é negativo (estatisticamente significativo) na grande maioria dos casos e subperíodos (mesmo nos anos 1980), ao passo que o coeficiente de correlação entre EUA e Canadá não é estatisticamente significativo (i.e., não há correlação), exceto para o subperíodo 1993-1995;
(2)
O coeficiente de correlação entre o Canadá e os países latino-americanos não é estatisticamente significativo. A única exceção é a correlação Canadá-Chile, que é positiva e estatisticamente significante, e ao final do período é elevada;
(3)
As correlações entre os países sul-americanos são, na sua ampla maioria, positivas e estatisticamente significativas. No caso da Argentina, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai as correlações entre eles são, em geral, de valores médios a elevados, enquanto que no caso da Bolívia e Venezuela as correlações são em geral baixas com os demais países, exceto para os casos Bolívia-Uruguai e Venezuela-Argentina. O caso do Chile é um pouco diferenciado, pois apresenta correlações baixas, médias e elevadas com os demais países sul-americanos;
(4)
O caso do México é bastante especial. Este país apresenta correlações positivas, em muitos casos de valor médio e elevado, com os demais países latino-americanos até o subperíodo 1993-1995. Mas nos dois subperíodos finais o coeficiente apresenta uma reversão e passa a ser negativo com esses países. Para o caso México-EUA, no entanto, mesmo nos subperíodos finais não há uma reversão (oposta) do sinal do coeficiente, pois o mesmo continua negativo (embora, talvez, com tendência à redução da dissimilaridade), e para o caso México-Canadá aumenta-se a diferenciação (dissimilaridade) entre eles pois o coeficiente passa de não significante para negativo-baixo e significativo.