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Taxa de desemprego e a escolaridade dos desempregados nos estados brasileiros: estimativas dinâmicas de dados em painéis

O objetivo deste trabalho é estender o modelo teórico de desemprego especificado por Marston (1985) e aplicá-lo para os Estados brasileiros, com destaque especial na avaliação do papel exercido pela escolaridade (capital humano) dos desempregados na taxa de desemprego. Nesta extensão do modelo, também são considerados como fatores atrativos da localidade a diferença entre o salário médio local e o nacional e a estrutura produtiva da economia. Na parte econométrica, a principal inovação está nas estimativas dinâmicas em painéis de dados, que elimina o problema de variáveis omitidas e de endogeneidade, comum nestes casos. Como resultado principal, constatou-se que a escolaridade dos desempregados possui um efeito não-linear. Somente para níveis de escolaridade média dos desempregados acima de quatro anos, o efeito sobre a taxa de desemprego é negativo, ou seja, contribui para diminuir a taxa de desemprego. Com relação à estrutura da economia, o setor agrícola demonstrou ser o único que reduz a taxa de desemprego, uma vez considerada a escolaridade.

desemprego; escolaridade; efeitos fixos; estimativas dinâmicas


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