O presente trabalho apresenta o desenvolvimento da farmacoepidemiologia no Brasil. Enfatiza o papel dos programas de educação continuada em farmacologia coordenados pelo professor Carlos Lacaz, autor do primeiro livro brasileiro sobre doenças iatrogênicas. Ressalta o papel do programa de formação em farmácia clínica da Organização Pan-Americana de Saúde, onde vários profissionais brasileiros tiveram o primeiro contato com o Programa de farmacovigilância por Monitorização Intensiva Hospitalar. Refere também às primeiras teses de doutorado sobre medicamentos defendidas na Universidade de São Paulo. Relata a tentativa da Divisão de Medicamentos do Ministério da Saúde do Brasil de se direcionar para a farmacovigilância. Tece considerações sobre a I Oficina de Trabalho sobre medicamentos organizada pelas Secretarias Municipal e Estadual de Saúde de São Paulo. Enfatiza a criação da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos, e sua importância como estimuladora da farmacoepidemiologia. Analisa o impulso do setor dinamizado pela implantação dos Centros de Informações de Medicamentos, no país. Conclui que já existem condições para se incrementar a pesquisa farmacoepidemiológica no Brasil.
Epidemiologia; Farmacoepidemiologia; Farmacovigilância; Uso Racional de Medicamentos; Saúde Pública