A fragilidade/resistência da vida humana tomada no sentido ambíguo/complexo sugere o olhar para a dinâmica da vida de grupos populacionais específicos. O estudo de uma comunidade no entorno da Reserva Particular do Patrimônio Natural do Serviço Social do Comércio - RPPN SESC Pantanal, Distrito Rural de Joselândia, município de Barão de Melgaço (MT), no período de 2003-2005, buscou aprender o modo de vida dessa população, articulando a explicação do processo saúde-doença com os aspectos históricos, econômicos e sociais da comunidade em questão e a singularidade das práticas de cura ocorridas no local. Utilizou-se de registros documentais históricos, depoimentos de moradores, inquérito populacional, entrevistas e observações. Verificou-se que houve mudanças nos laços de solidariedade entre os moradores no trabalho e na produção de alimentos. As práticas de cura populares são alternativas utilizadas para abrandar os sintomas e doenças. A fragilidade/resistência deste grupo específico se configura enquanto resistência baseada nas relações de solidariedade e familiares e a fragilidade na dificuldade do acesso ao trabalho, serviços de saúde e equipamentos públicos.
Saúde de grupos; Ambiente rural; Modo de vida