O presente artigo analisa as possibilidades de autogestão no colegiado gestor de um hospital público no estado de São Paulo. O objetivo deste estudo é o de analisar essa experiência, identificando os arranjos coletivos forjados na perspectiva de espaços de autogestão. Como foco de análise, nos centramos na dinâmica de produção de subjetividades que perpassavam o colegiado gestor do hospital alvo da pesquisa. Optou-se pelo diário institucional e pela observação simples como métodos de investigação. O mapeamento dos processos no colegiado indicou a constituição de coletivos formados a partir de modelos centrados em experiências partilhadas de gestão, onde o desencadeamento de processos de co-responsabilização é capaz de promover um modo de gerenciar com espaço para a dinâmica de singularização. O artigo tece, ainda, considerações sobre alguns dos elementos que, constitutivos de movimentos de autogestão, estão presentes no conflito gerado nos processos de heterogestão.
Gestão em saúde; Subjetividade; Autogestão; Análise institucional; Processo de trabalho em saúde