O presente artigo analisa as concepções de sujeito veiculadas na literatura acadêmica sobre gestão em saúde. O corpus é composto a partir dos artigos publicados nos últimos cinco anos em periódicos da área de Saúde Coletiva. O artigo supõe, para a análise destas concepções, que o trabalho (em saúde), no contexto do capitalismo, está baseado em uma antinomia que denominamos "autonomia-controle" e busca explorar as possibilidades de superação desta antinomia em cada concepção. O mapeamento indicou três diferentes concepções de sujeito, a saber: o psicológico-cognitivista, o psicanalítico-subjetivista e o histórico-comunicativo. O artigo tece ainda considerações sobre as relações entre, de um lado, tais concepções de sujeito e suas possibilidades de produção de autonomia, e, de outro lado, a organização capitalista da cultura e do trabalho.
Autonomia; Gestão em saúde; Processo de trabalho em saúde; Cultura organizacional