Foi analisada a implantação da estratégia Tratamento Diretamente Observado de Curta Duração (DOTS) no controle da tuberculose, sob a ótica dos coordenadores do Programa de Controle da Tuberculose (PCT), nos seis municípios prioritários da Paraíba. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com sete coordenadores de PCT. Fortalezas do DOTS: cinco municípios alcançaram a taxa de cura de 90%. Entre as debilidades identificou-se, na dimensão política, a descontinuidade do cargo de coordenador de PCT, o despreparo da equipe local, a precariedade da estrutura técnico-administrativa e a insuficiência da rede laboratorial; na dimensão operacional ainda é baixa a incorporação da busca de sintomáticos respiratórios pelas Equipes de Saúde da Família. Ocorreram mudanças de cunho epidemiológico, operacional e político. a implantação e garantia da sustentabilidade do DOTS no Estado dependem do modo da organização dos serviços de saúde e o compromisso político do gestor no apoio a estratégia.
Tuberculose; Terapia Diretamente Observada; Saúde da Família; Sistemas de Saúde