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As marcas corporais segundo a percepção de profissionais de saúde: adorno ou estigma?

Perceptions of healthcare providers toward body art: adornment or stigma?

O uso de marcas corporais tem se tornado cada vez mais frequente, sobretudo entre adolescentes. Através de abordagem qualitativa, este estudo pretende avaliar se o uso de piercings e tatuagens afeta o cuidado prestado por auxiliares de enfermagem a adolescentes internados e identificar influências na formação dos significados atribuídos às marcas. Foram entrevistados auxiliares que trabalham em enfermaria específica para o atendimento de adolescentes. Após análise das entrevistas, foram formuladas categorias para melhor apreensão do sentido atribuído pelos auxiliares ao uso de marcas. Algumas categorias foram recorrentes, destacando-se a associação das marcas a: comportamentos de desvio; apelo erótico e consumismo; gesto de coragem; riscos de adoecimento e doença mental. Religião e valores familiares predominaram sobre a formação profissional em relação aos significados atribuídos ao objeto de estudo. Conclui-se que a visão negativa em relação às marcas relaciona-se diretamente ao cuidado. A quantidade de marcas, a localização, o tipo, a idade do adolescente e o caráter definitivo/transitório interferem na interpretação dos profissionais. Contudo, marcas corporais são ferramentas semiológicas importantes, devendo ser incluídas no roteiro de avaliação dos adolescentes.

Tatuagem; Piercing corporal; Adolescente; Auxiliares de enfermagem; Pessoal de saúde


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