O uso de psicofármacos está aumentando e no Brasil há poucos estudos investigando seu emprego pela população e na Atenção Primária à Saúde (APS). Este estudo buscou verificar a prevalência e o padrão de consumo por usuários de uma Unidade de Saúde da Família de Porto Alegre através de um delinemeanto observacional, descritivo, retrospectivo e de corte transversal. A amostra foi composta por usuários que retiraram receitas de medicamentos controlados e os dados coletados a partir do prontuário. Foram incluídos 329 usuários, com prevalência de utilização de psicofármacos de 7,30%, média de idade de 53,14 (DP = 18,58) anos e 72% de indivíduos do sexo feminino. A média de medicamentos e psicofármacos prescritos por usuário foi de 3,56 (DP = 2,36) e 1,66 (DP = 0,90), respectivamente. A classe mais utilizada foi a de antidepressivos, seguida de antiepiléticos, ansiolíticos e antipsicóticos. Faz-se necessário elaborar estratégias para melhorar o acesso, tratamento dos usuários e uso racional de psicofármacos, incluindo a revisão das listas de medicamentos essenciais e a capacitação dos profissionais da APS.
Psicofármacos; Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde; Farmacoepidemiologia; Saúde mental