Pouco se conhece sobre as práticas de rastreamento para câncer de próstata em idosos brasileiros. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de realização de exames de rastreamento para câncer de próstata em idosos de Juiz de Fora (MG) e analisar os fatores associados. Trata-se de estudo seccional com 2825 homens de 60 anos ou mais que participaram da campanha de vacinação contra gripe de 2006. Foram analisadas variáveis sociodemográficas e relativas a condições de saúde e ao uso de serviços de saúde. Utilizou-se a regressão de Poisson na análise multivariada para avaliar associações entre as covariáveis e as variáveis dependentes e estimou-se a prevalência de realização dos exames. A idade média da população foi de 70,0 (± 7,2) anos. A prevalência de realização de toque retal foi 61,0% e a de PSA 75,5%. As variáveis "história familiar de câncer de próstata", "tipo de serviço de saúde", "status conjugal", "uso de medicação regular" e "escolaridade" foram fatores independentes associados à realização de toque retal. As mesmas variáveis, com exceção do "status conjugal", permaneceram no modelo múltiplo para PSA. O estudo evidencia que muitos idosos têm aderido à prática do rastreamento e a necessidade de dimensionar e qualificar esse processo, tendo em vista suas possíveis repercussões na saúde pública.
Saúde do idoso; Rastreamento; Câncer de próstata