O objetivo deste estudo foi conhecer as representações sociais da violência sexual e sua relação com a adesão do protocolo da quimioprofilaxia do HIV em mulheres jovens e adolescentes. Realizou-se uma pesquisa qualitativa, orientada pela teoria das representações sociais, através de entrevista gravada com 13 mulheres, com idades entre 12 e 23 anos. No grupo, observou-se que as representações sociais construídas acerca da violência sexual exerceram uma considerável influência na adesão ao tratamento quimioprofilático. As pesquisadas elaboraram imagens nas quais as preocupações geradas à família, desconfortos causados pelos efeitos dos fármacos, a mudança de rotina, o medo de adoecer, de ser estigmatizada, ansiedade e raiva, apareceram como elementos constantes, podendo acarretar o abandono do tratamento. Considerando a influência dessas representações no tratamento, verifica-se a necessidade de uma maior atenção dos serviços de saúde com relação a estas possibilidades, dispondo de recursos para planejar sua assistência com base nestas diferentes necessidades. É preciso que, além do investimento em pesquisas com novos fármacos, exista um investimento em pesquisas qualitativas, que forneçam subsídios para um acompanhamento mais apropriado das pacientes.
Adolescente; Violência sexual; Quimioprevenção; Adesão ao tratamento; Medicamentos; Representação social