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Agregação familiar da doença renal crônica secundária à hipertensão arterial ou diabetes mellitus: estudo caso-controle

No Brasil, a hipertensão e o diabetes mellitus tipo 2 são responsáveis por 60% dos casos de doença renal crônica terminal em terapia renal substitutiva. Estudos americanos identificaram agregação familiar da doença renal crônica, predominante em afrodescendentes. Um único estudo brasileiro observou agregação familiar entre portadores de doença renal crônica quando comparados a indivíduos internados com função renal normal. O objetivo deste artigo é avaliar se existe agregação familiar da doença renal crônica em familiares de indivíduos em terapia renal substitutiva causada por hipertensão e/ou diabetes mellitus. Estudo caso-controle tendo como casos 336 pacientes em terapia renal substitutiva portadores de diabetes mellitus ou hipertensão há pelo menos 5 anos e controles amostra pareada de indivíduos com hipertensão ou diabetes mellitus e função renal normal (n = 389). Os indivíduos em terapia renal substitutiva (casos) apresentaram razão de chance de 2,35 (IC95% 1,42-3,89; p < 0,001) versus controles de terem familiares com doença renal crônica terminal, independente da raça ou doença de base. Existe agregação familiar da doença renal crônica na amostra estudada e esta predisposição independe da raça e da doença de base (hipertensão ou diabetes mellitus).

Insuficiência renal crônica; Hipertensão; Diabetes mellitus; Hereditariedade; Epidemiologia


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