Resumo
Analisou-se a utilização de protocolos na atenção à saúde de mulheres em situação de violência sexual sob a ótica de profissionais. Estudo qualitativo com 18 instituições e 140 profissionais entrevistados em Fortaleza e Rio de Janeiro. Diante dos dados organizados os núcleos de sentido apontaram para as potencialidades na utilização de protocolos; limites a serem enfrentados na adoção de protocolos; e necessidade da construção de protocolo e de formação profissional. Os resultados mostraram pontos de convergência e divergência entre os dois municípios em relação à utilização de protocolos na atenção à saúde de mulheres em situação de violência sexual. No Rio de Janeiro é reconhecida a adoção de protocolos nos serviços pela maioria dos entrevistados e a existência de um fluxo estabelecido, envolvendo a atuação das diversas categoriais profissionais. Em Fortaleza, os participantes de apenas uma instituição mencionaram a utilização de protocolos e fluxos internos de atendimento. Nas duas capitais observa-se a fragilidade da qualificação profissional para atuar junto às mulheres em situação de violência sexual decorrente da limitada abordagem durante a graduação das profissões de saúde, agravada pela falta de treinamento nos serviços.
Palavras-chave
Violência contra a mulher; Violência sexual; Protocolos; Atenção à Saúde