Flávio et al. (2004), Lavras (MG)1818. Flávio EF, Barcelos MFP, Lima AL. Avaliação química e aceitação da merenda escolar de uma escola estadual de Lavras-MG. Cienc agrotec 2004; 28(4):840-847.
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598 alunos de uma escola da rede pública estadual, ensino fundamental. |
Analisar a composição química e realizar a pesquisa sobre a aceitação da AE. |
Questionário de avaliação do consumo, preferências e aceitação da AE. Análise descritiva. |
Entre os alunos, 72% tinham o hábito de consumir a AE, porém apenas 25% consumiam diariamente e 16% não consumiam nenhum dia. Arroz temperado com carne moída, arroz doce e macarronada com carne moída obtiveram 90%, 70% e 67% de percentual de aceitação, respectivamente. A sopa de farinha de milho com ovos e couve foi a que obteve o menor percentual de aceitação (27%), seguida do tutu de feijão com ovos e couve (30%). |
Baixo índice de adesão efetiva. A aceitação da AE foi satisfatória. Cardápios que possuíam o arroz como ingrediente básico apresentaram os maiores percentuais de aceitação. |
Sturion et al. (2005, 10 municípios brasileiros1414. Sturion GL, Silva MV, Ometto AMH, Furtuoso MCO, Pipitone MAP. Fatores condicionantes da adesão dos alunos ao Programa de Alimentação Escolar no Brasil. Rev Nut 2005; 18(2):167-181.
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2678 alunos de 20 escolas da rede pública, ensino fundamental. |
Verificar o nível de adesão dos alunos ao PNAE e identificar as principais variáveis que a afetam. |
Questionário de avaliação do consumo da AE, avaliação antropométrica e perfil socioeconômico. Teste do χ2, teste do χ2 de tendência linear de Mantel- Haensze e modelo de lógite. Valor p < 0,001 e < 0,005. |
A adesão efetiva foi de 46%.As variáveis de renda familiar per capita (β 0,0021, p<0,0001), escolaridade do pai (β 0,0402, p<0,0277), idade (β 0,0043, p<0,0474) e estado nutricional (β 0,0068, p<0,0003) foram associadas a “frequência semanal de consumo da alimentação escolar”. A renda familiar per capita (β -0,0032, p< 0,0001), a escolaridade do pai (β -0,0959, p< 0,0001) e a idade (β-0,0155, p<0,0001) também foram associadas inversamente com a variável “participação do aluno no programa”. Nas escolas com presença de cantina comercial, a maior frequência semanal de consumo de alimentos na cantina foi associada negativamente a “participação do aluno no programa” (β 0,5455, p< 0,0001) e a “frequência semanal de consumo da alimentação escolar” (β-0,4357, p< 0,0013). |
A adesão à AE foi baixa e fortemente afetada pelas variáveis socioeconômicas, idade e estado nutricional dos alunos. Nas escolas que não há presença de cantina comercial, a frequência do consumo da alimentação escolar foi maior. |
Muniz e Carvalho (2007), João Pessoa (PB)1717. Muniz VM, Carvalho AT. O Programa Nacional de Alimentação Escolar em município do estado da Paraíba: um estudo sob o olhar dos beneficiários do Programa. Rev Nut 2007; 20(3):285-296.
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240 alunos de 10 escolas da rede pública municipal, ensino fundamental. |
Analisar a adesão e a aceitação da alimentação escolar e seus determinantes sob o ponto de vista dos beneficiários do PNAE. |
Questionário de avaliação do consumo da AE. Considerou índice de aceitação o percentual de alunos que referiram gostar da AE. Análise descritiva e teste χ2. As questões abertas foram categorizadas a partir do conceito central contido nas respostas. |
A adesão efetiva foi de 33,5%. O consumo da AE esporadicamente foi referido por 57,3% dos estudantes. O principal motivo para não consumo permanente da AE foi a inadequação das preparações aos hábitos alimentares (41,5%), seguido dos que não consomem por estarem sem apetite, quando levam alimentos de casa ou quando compram nas escolas (32,5%). Dos alunos que consideram a AE importante (208), a principal justificativa foi por necessidade relacionada a dificuldades financeiras das famílias ou ao fato de sentir fome na escola (41%). O índice de aceitação foi de 82%, sendo que a grande maioria (76,7%) relatou gostar da AE por ser saborosa. |
Concluiu-se avaliação positiva dos escolares quanto a AE. O sabor das preparações e a adequação dos cardápios parecem exercer influência na participação no programa. |
Hernández et al. (2008), Porto Alegre (RS)1515. Hernandez AB, Slavutzky SMB, Padilha DMP. Avaliação do consumo da merenda escolar em escolas municipais de Porto Alegre. Rev Fac Odonto. Porto Alegre 2008; 49(1):26-30.
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1398 alunos de quatro escolas da rede pública municipal, ensino fundamental. |
Descrever os principais componentes da dieta dos alunos, verificar se a AE é consumida pelos estudantes e se a existência de cantina nas escolas modifica o consumo da AE. |
Aplicação de um recordatório 24 horas. AE era fornecida pelas escolas na forma de bufê, logo se considerou como consumo completo quando todas as variedades oferecidas tiveram seus consumos citados pelos alunos. Análise descritiva e teste do χ2. |
O índice de adesão foi de 41,8%. O consumo completo do lanche e da refeição foi de 2,6% e 23,2% dos estudantes afirmaram ter consumido apenas alimentos fornecidos pela escola enquanto que 25,2% relataram não consumir nada no ambiente escolar. Entre os alunos, 18,6% consumiram tanto os itens oferecidos pela escola quanto os externos a ela e 33% ingeriram apenas produtos alheios à AE. O consumo de alimentos externos interferiu no consumo da AE (OR 1,64, p<0,01). |
A maioria dos estudantes não consome a AE (58,2%). O consumo de itens externos no ambiente escolar deve ser considerado um fator que colabora com o não consumo da AE. |
Teo et al. (2009), Chapecó (SC) 2020. Teo CRPA, Corrêa EN, Gallina LS, Fransozi C. Programa nacional de alimentação escolar: adesão, aceitação e condições de distribuição de alimentação na escola. Nutrire: Rev Soc Bras Alim Nutr 2009; 34(3):165-185.
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686 alunos de 21 escolas da rede pública municipal e estadual, ensino fundamental. |
Conhecer a aceitação e a adesão dos escolares ao programa, identificando quais aspectos das condições de distribuição de alimentação representam potenciais determinantes da sua eficácia. |
Questionário de avaliação do consumo da AE e escala hedônica facial. Considerou-se índice de aceitação o percentual de alunos que referiram gostar da AE. Formulário de avaliação baseado na observação do ambiente físico e social de distribuição das refeições. Análise descritiva, teste t-student, teste do χ2 de Pearson. Valor de p < 0,05. |
Entre os alunos 23,2% consumiam a AE diariamente, sendo maior o percentual na rede municipal (29,5%) que na estadual (16,5%) (p<0,001) e 70,8% considerou boa a AE. Quanto às escolas 76,2% distribuíam a AE em local coberto improvisado, sendo que 52,4% dos alunos comiam em pé enquanto circulavam pela escola. Nas escolas em que era feita a escala das turmas para a distribuição da alimentação, a quantidade de mesas e cadeiras tornava-se suficiente (47,6%). Entre elas 52,3% apresentavam comércio de alimentos e todos os casos estavam em desacordo com a legislação vigente no estado. |
Baixa adesão diária à AE. Não foram pesquisados os motivos para não adesão, porém sugere-se que condições de distribuição da AE (refeitórios, utensílios, horário) e presença de cantinas comerciais possam estar relacionadas. |
Barros et al. (2013), Carmo (RJ) 1919. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad Saude Colet 2013; 21(2):201-208.
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121 alunos de sete escolas da rede pública municipal, ensino fundamental. |
Avaliar a composição nutricional e a aceitabilidade da AE, o estado nutricional e a segurança alimentar dos escolares. |
Questionário de aceitabilidade com questões de preferências alimentares e a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e Nutricional (EBIA). Análise descritiva. |
A adesão foi de 88,4% dos estudantes, porém apenas 34,6% consumiam todos os dias na escola, sendo que a maioria relatou não gostar de todas as preparações. A aceitação foi de 85,5%. A maioria dos alunos (92%) que apresentaram algum nível de insegurança alimentar consumia a AE. |
Baixa adesão diária a AE. Sugere-se que a insegurança alimentar esteja relacionada ao consumo da AE. |
Silva et al. (2013), Minas Gerais1616. Silva CAM, Marques LA, Bonomo E, Bezerra OMPA, Corrêa MS, Passos LSF, Souza AA, Barros BF, Souza DMS, Reis JA, Andrade NG. O Programa Nacional de Alimentação Escolar sob a ótica dos alunos da rede estadual de ensino de Minas Gerais, Brasil. Cien Saude Colet 2013; 18(4):963-969.
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1550 alunos de 46 escolas da rede pública estadual, ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos. |
Analisar o PNAE sob a ótica dos alunos atendidos na rede estadual de ensino. |
Questionários com perguntas sobre o consumo no ambiente escolar, realização de atividades de educação alimentar e nutricional (EAN), adequação do espaço físico para o consumo da AE e percepção do aluno quanto à qualidade da AE. A efetiva aceitação foi considerada as referências: “Ótima” ou “Muito Boa”. Análise descritiva, teste do χ2 de Pearson ou de Fisher, regressão logística com valor de p < 0,05. |
Entre os estudantes 28,8% apresentaram efetiva aceitação e 45,1% efetiva adesão ao programa. Meninos apresentaram chance 1,35 vezes maior de aceitação da AE quando comparados às meninas, os alunos mais velhos (a partir de 15 anos) apresentaram chance de aceitação da AE 1,31 vezes maior que os mais jovens, alunos que não compram alimentos extra institucionais apresentaram o dobro de chance de aceitação da AE e aqueles que participam EAN apresentaram aceitação 1,87 vezes maior da AE. Em relação à adesão à AE, os alunos que participam de alguma atividade de EAN, apresentaram uma chance de adesão 1,39 vezes maior e os alunos mais velhos (a partir de 15 anos) apresentaram uma chance 1,63 vezes de maior de adesão. |
Baixo índice de adesão e aceitação efetiva. Gênero, idade, atividades de EAN e cantinas comerciais estão relacionados à adesão e aceitação a AE. |