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O preconceito contra a mulher entre trabalhadores da Atenção Primária em Saúde

Resumo

O objetivo deste trabalho foi pesquisar a existência de preconceitos contra a mulher entre trabalhadores da Atenção Primária em Saúde e identificar fatores associados. Estudo transversal que teve a participação de 163 profissionais de APS. Foram utilizados os questionários Estereótipos de Gênero (EG) e o Inventário do Sexismo Ambivalente. Pesquisou-se indivíduos dos dois sexos, com mais de 18 anos e escolaridade básica ou média. Os escores médios tinham valores acima de 50,0% do valor máximo: EG – 53,8%, Sexismo Hostil – 58,2%; Sexismo Benévolo – 64,1%. As médias estratificadas por variáveis sociodemográficas eram elevadas. Foram encontradas diferenças significantes por sexo (masculino maior que feminino), religiões (maior nos evangélicos) e nos que usavam bebidas alcoólicas, no Sexismo Hostil. No Sexismo Benévolo houve diferenças por escolaridade (maior no nível básico), religião (maior nos evangélicos e católicos) e atividade exercida (maior em serviços gerais). Estratificando EG não se encontrou diferenças significantes. Preconceitos sexistas hostis, benevolentes e estereótipos de gênero foram detectados. Esse achado pode influir negativamente na relação serviço-usuárias agravando as iniquidades em saúde geradas pelas desigualdades entre gêneros.

Saúde da mulher; Sexismo; Desigualdades em saúde; Pessoal de saúde; Serviços de saúde

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