Resumo
Buscou-se avaliar as associações entre condições de saúde e características sociodemográficas em relação à qualidade de vida (QV) na população brasileira; bem como estimar os principais fatores associados às chances de uma melhor QV entre diabéticos. Trata-se de um estudo com dados obtidos do inquérito de base populacional realizado no Brasil, em 2008. Foram analisados 12.423 brasileiros, com idade ≥ 20 anos, cujos 935 eram diabéticos. Os desfechos de QV foram mensurados por meio dos componentes sumários do instrumento SF-36. Tanto para a população geral quanto para diabéticos, a QV teve seus escores agrupados em “acima” e “abaixo da média” para configurar desfechos binários. Foram realizadas regressões logísticas para obtenção das razões de prevalências ajustadas às chances de QV acima da média, controlando por variáveis sociodemográficas e de saúde. Resultados apontaram que as mulheres diabéticas com ≥ 65 anos, sedentárias, pertencentes à classe D/E e com mais morbidades apresentam maiores chances de uma pior QV física e mental. Para a população geral além desses fatores, não ter um companheiro e ser analfabeto proporcionou uma pior QV. O sedentarismo e a classe D/E apresentaram maior influência para pior QV entre diabéticos quando comparado à população total.
Diabetes mellitus; Qualidade de vida; Estilo de vida sedentário